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Mostrando postagens com o rótulo AUTO CUIDADO

A CHAVE DA FELICIDADE

          Alguém me perguntou recentemente se houve algum momento em meu passado que eu realmente fui feliz. Como filha de pais tóxicos e abusivos, não me lembro de muitos momentos em minha vida que eu tenha sido, de fato, feliz. Os abusos eram constantes, tanto da parte deles quanto da minha própria parte, pois eu acabava permitindo que outras pessoas (e até eu mesma) me tratassem de forma sub-humana e cruel. Aprendi a buscar minha felicidade no mundo materialista, comprando todo tipo de pertence. Isso me deixava feliz por dezessete segundos, até que a suposta felicidade passava. Além disso, desenvolvi vários vícios pra compensar a culpa e a frustração por não conseguir me fazer feliz por conta própria.       Me lembro perfeitamente do dia em que eu estava sentada em meu sofá, reclamando para Deus o quanto eu me sentia infeliz e triste por não ter tudo o que eu gostaria de ter. Então, em tom firme, Ele me disse " filha, descreva pra mim...

AMOR PRÓPRIO CURA

          Em uma das minhas muitas observações sobre a vida, percebi que a maioria das pessoas não consegue sentir empatia e se compadecer pelos outros porque não pratica isso nem sequer consigo mesmo. As pessoas vem confundido empatia com simpatia. Empatia é conseguir se colocar no lugar do outro e sentir sua dor. Simpatia é se anular como indivíduo para garantir o conforto alheio, abrindo mão de seu próprio conforto. É literalmente passar fome por que deu seu prato de comida para alguém. Porém, embora no primeiro momento, isso possa parecer altruísta, não se engane: a pessoa a qual você gentilmente ofereceu seu prato de comida está se aproveitando da sua boa vontade e provavelmente ela te manipulou a fazer algo que você não queria, e isso apenas para obter um benefício egoísta sobre você. Geralmente, essa pessoa sequer vai te agradecer por fazer esse gesto. Ela sempre vai acreditar que essa é sua obrigação como pessoa: serví-la, como se ela fosse um rei o...

A SOLIDÃO E O MEDO DO ABANDONO (PARTE 2)

  LEIA A PARTE 1  AQUI     O problema é que temos esperado (depositado nossa confiança) em outras pessoas. Estamos esperando que elas nos salvem da solidão profunda que sentimos. Então eu poderia apenas dizer "confie em Deus e essa solidão vai desaparecer", mas não é bem assim que Deus trabalha. "E como é que Deus trabalha?", você pode se perguntar. Ora, se a solidão é a dor do abandono, é necessário que a ferida do abandono seja curada. É como um machucado aberto: enquanto continuar aberto, vai continuar doendo. Nós temos a tendência a tentar "consertar" nossas feridas procurando por outra pessoa que possa, de alguma maneira, substituir aquela pessoa que nos abandonou. O problema é que, com o passar do tempo, nos damos conta de que ninguém pode substituir ninguém. Mas simplesmente não nos damos conta disso. Continuamos procurando nos relacionar, na esperança que alguém supra aquela falha que foi deixada aberta. Criamos expectativas, tentamos "encaixa...