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Mostrando postagens com o rótulo ALÍVIO

A CHAVE DA FELICIDADE

          Alguém me perguntou recentemente se houve algum momento em meu passado que eu realmente fui feliz. Como filha de pais tóxicos e abusivos, não me lembro de muitos momentos em minha vida que eu tenha sido, de fato, feliz. Os abusos eram constantes, tanto da parte deles quanto da minha própria parte, pois eu acabava permitindo que outras pessoas (e até eu mesma) me tratassem de forma sub-humana e cruel. Aprendi a buscar minha felicidade no mundo materialista, comprando todo tipo de pertence. Isso me deixava feliz por dezessete segundos, até que a suposta felicidade passava. Além disso, desenvolvi vários vícios pra compensar a culpa e a frustração por não conseguir me fazer feliz por conta própria.       Me lembro perfeitamente do dia em que eu estava sentada em meu sofá, reclamando para Deus o quanto eu me sentia infeliz e triste por não ter tudo o que eu gostaria de ter. Então, em tom firme, Ele me disse " filha, descreva pra mim...

NÃO ANDEM ANSIOSOS POR COISA ALGUMA

         Ah, a ansiedade. Quem de nós nunca se sentiu ansioso(a) na vida que atire a primeira pedra. As pessoas estão se sentindo cada mais mais ansiosas e amedrontadas. A quantidade de diagnósticos de TAG (Transtorno de Ansiedade Generalizada) e o consumo de medicamentos ansiolíticos cresceu consideravelmente nos últimos vinte anos. Em uma pesquisa rápida, podemos perceber que nossos pais e avós não se preocupavam muito com isso. Cuidar da saúde mental era considerado coisa de gente "louca". A nossa geração é a que está - finalmente - tomando consciência dos efeitos negativos que a ansiedade derivada de gerações de inconsciência e medo resultaram. Mas de onde vem tanta ansiedade? Porque nos sentimos ansiosos, e mais ainda: de que maneira a ansiedade afeta nossa saúde física e mental?     Eu me lembro que meu primeiro diagnóstico foi dado aos vinte anos de idade. A minha queixa era a seguinte: eu não conseguia dormir a noite. Tinha o sono leve e qualqu...

JESUS ESCOLHE UMA MULHER (SÉRIE "A MAIS REJEITADA") - PARTE 03

ESSA É A PARTE 03 DA SÉRIE "A MAIS REJEITADA" PARA LER A PARTE 01,  CLIQUE AQUI . PARA LER A PARTE 02, CLIQUE AQUI .     Jesus tocou na ferida daquela mulher samaritana. Dentro de si, ela tinha certeza que era impura. Ela queria se purificar, mas como ela poderia fazer isso? A purificação só poderia se dar quando ela fosse ao templo, que ficava em Jerusalém, mas os samaritanos eram um povo “banido” da presença de Deus. Para aquela mulher isso era muito injusto, pois em Samaria, ficava o Monte Gerizim, ou o Monte da Benção (Deuteronômio 11:29), e ela deveria poder se purificar ali. Mas o templo de purificação e adoração a Deus ficava no Monte Moriá que pertencia a Cidade Santa, local proibido para os samaritanos. Como é que ela poderia se ver livre daquilo que lhe trazia tanta vergonha, medo e culpa? Então Jesus conta um "segredo" àquela mulher: para adorar a Deus, e se achegar a Ele, é apenas necessário adorá-lo em espírito e em verdade. Não se trata de um lugar fís...

A SOLIDÃO E O MEDO DO ABANDONO (PARTE 2)

  LEIA A PARTE 1  AQUI     O problema é que temos esperado (depositado nossa confiança) em outras pessoas. Estamos esperando que elas nos salvem da solidão profunda que sentimos. Então eu poderia apenas dizer "confie em Deus e essa solidão vai desaparecer", mas não é bem assim que Deus trabalha. "E como é que Deus trabalha?", você pode se perguntar. Ora, se a solidão é a dor do abandono, é necessário que a ferida do abandono seja curada. É como um machucado aberto: enquanto continuar aberto, vai continuar doendo. Nós temos a tendência a tentar "consertar" nossas feridas procurando por outra pessoa que possa, de alguma maneira, substituir aquela pessoa que nos abandonou. O problema é que, com o passar do tempo, nos damos conta de que ninguém pode substituir ninguém. Mas simplesmente não nos damos conta disso. Continuamos procurando nos relacionar, na esperança que alguém supra aquela falha que foi deixada aberta. Criamos expectativas, tentamos "encaixa...

TODA SEPARAÇÃO É AMARGA

                                                 Não sei se você, alguma vez, teve que se divorciar na vida, mas eu já tive. Há muitas formas de divórcio hoje em dia, e grande parte delas envolvem longas e dolorosas brigas judiciais, mas felizmente esse não foi meu caso porque tudo foi facilmente decidido em um "desacordo" extrajudicial, assinado em um cartório. Legalmente, estávamos divorciados, e tudo acabou ficando bem.       Naquela época, porém, eu tive de aprender uma lição valiosa, mas que me custou muito caro: como é amargo o gosto da separação. O ex marido não era uma pessoa tóxica, mas haviam comportamentos nele que eu não estava mais disposta a tolerar. Eu acabei ficando tóxica. Eu precisei levar minha vida sozinha, e ai tive que encarar outro medo: o medo de ficar sozinha - mas isso é uma história para outro dia....

EU FUI SUMIR NO MUNDO

          Você também já sentiu vontade de simplesmente sumir? Sair correndo por ai (de preferência gritando alto), sem olhar para trás, e sem saber para onde está indo? Você simplesmente não quer ficar mais onde está.       No entanto, a gente também tenta, de forma [ir]racional, dizer para nós mesmos, que não tem a menor possibilidade de sairmos de onde estamos, então vamos simplesmente "empurrando com a barriga", até que nos encontramos num estágio de depressão tão avançado que não conseguimos encontrar alegria em absolutamente nada. E alguns de nós até tentam ir ao psiquiatra, tomar algum tipo de medicamento, e fazer terapia. Melhora com o tempo, mas logo nos encontramos em estágios até piores do que estavamos antes. Não entendemos porque estamos aqui, e o que estamos fazendo. Estamos apenas existindo. O precipício é logo ali. Basta qualquer gota em nosso "copo" já muito cheio e prestes a derramar para que a gente simplesmente queira...

O LUTO PELA "MORTE" DAS PESSOAS VIVAS

     Todo mundo, em algum momento da vida, teve de enfrentar a morte de alguém que amava. Para mim, foi a morte da minha avó, lá em 1996. Eu ainda me lembro de vê-la deitada sobre a cama de solteiro do quarto do piano (era assim que a gente chamava aquele quarto, porque havia um piano lá, e minha avó adorava tocá-lo. Ao lado do piano, havia uma cama de solteiro coberta com uma colcha branca com pequenas margaridas amarelas), e ela estava vestindo seu vestido favorito: um vestido xadrez cinza e preto. Ela realmente parecia estar dormindo, mas eu sabia que ela tinha morrido. Lembro-me que alguém me disse isso, porque achou que me confortaria: "sua avó está dormindo". Mas eu sabia que não era verdade, então eu apenas disse "ah não. A vovó Lila morreu. Ela foi para o Papai do céu". Eu não fiquei triste com a morte dela na época, mas hoje, como adulta, sinto saudade daquele tempo onde tudo parecia mais ... "fácil". E, sim, minha avó morreu porque estava com can...